Garça e sua história... 

 

Em 1916, Labieno da Costa Machado reuniu cerca de 20 pessoas e, em caravana, partiu da cidade de Campos Novos Paulista, buscando desbravar terras do planalto paulista. A comitiva fixou-se em terras virgens próximas ao rio do Peixe. Consta que Labieno era detentor de algumas terras nessa localidade e buscava, com a caravana, reivindicar sua posse, demarcando o território. O curso de um novo rio, encontrado pela caravana, foi batizado como Ribeirão da Garça, já que o local possuía um grande número dessas aves.

Labieno e o grupo iniciaram a demarcação do local e verificando que ali havia uma terra fértil, não tardaram a iniciar um processo de plantio agrícola. A primeira propriedade agrícola da região estava consolidada em 1920. Rapidamente um povoado começou a se formar ao redor da fazenda.

Os primeiros momentos da comunidade foram bastante inóspitos. A água tinha de ser buscada em locais distantes e era carregada em lombos de burros. O abastecimento de quaisquer gêneros alimentícios se fazia apenas nas cidades de Campos Novos e Presidente Alves que ficavam a pelo menos 40 quilômetros do local.

Labieno da Costa Machado iniciou as obras para a implementação de uma cidade. Em 1922, vários ranchos já estavam construídos e uma serraria era erguida. Também uma pequena capela foi construída, em homenagem a Nossa Senhora das Vitórias. Uma pensão, bares e outros estabelecimentos comerciais já começavam lentamente a surgir.

A vila ia se consolidando e levou, inicialmente, o nome de Incas. Posteriormente, o nome foi mudado para Italina, sendo novamente alterado para Garça, em função do Ribeirão da Garça. A primeira rua da localidade foi inaugurada em 4 de outubro de 1924, com uma grande festa religiosa. A cidade que nascia tinha como sede o município de Campos Novos do Paranapanema, pertencendo à comarca de Assis.

Em 1926, um nova figura surgia na história de Garça: Carlos Ferrari, um fazendeiro que iniciava a sua produção de café no lado direito do rio do Peixe. A área ocupada por Ferrari pertencia ao município de Cafelândia, na comarca de Pirajuí.

Ferrari também iniciou um programa de desenvolvimento da sua região e loteou uma gleba de terra, vendendo as pequenas porções a preços módicos. Desse modo, a cidade que nascia começava a se desenvolver em dois extremos. De um lado a faixa colonizada por Labieno da Costa Machado, que recebeu o nome de Labienópolis, e na outra faixa a parte colonizada por Carlos Ferrari, que foi batizada de Ferrarópolis.

Com o desenvolvimento da cidade em dois pontos distintos, não durou para que uma forte rivalidade se desse entre Labieno e Ferrari. Fontes históricas indicam que se um colono pertencente a Ferrarópolis atravessasse para o lado de Labienópolis correria perigo e vice-versa.

Durante alguns anos, as disputas entre os grupos prosseguiu e, inclusive, aumentou, com novos proprietários buscando criar as suas próprias glebas, como foi o caso de Antônio Carvalho de Barros, que criou o Barrópolis e Lara Campos, com a Larópolis. As disputas não se restringiam a territórios, sendo que também a política começou a interferir nas discussões dos grupos.

Labienópolis tinha a sede policial do futuro município, possuindo inclusive um sub-delegado subordinado ao delegado de Campos Novos. Ferrarópolis, Barrópolis, e Larópolis eram apenas bairros ligados ao município de Cafelândia. Com isso, há relatos de abuso de autoridade para com moradores que não fossem de Labienópolis.

Mesmo com tantas rivalidades, o município de Garça foi constituído e começou a se desenvolver, principalmente com a cultura do café. A sede, por fim, coube à parte de Ferrarópolis, com a sede da comarca ficando em Piratininga. A instalação do município de Garça se deu em 5 de maio de 1929, com a comarca do município sendo efetivada em 12 de outubro de 1935.

Garça foi, ao longo do século XX, um dos principais pólos de produção cafeeira do Brasil. Em 21 de abril de 1962, o município viu nascer em seu território uma das mais importantes cooperativas cafeeiras do Brasil: a Garcafé (Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Garça). Atuando fortemente na representação de classe do setor cafeeiro, com líderes como Jaime Nogueira Miranda e Manoel Vicente Fernandes Bertone, a Garcafé ajudou a fortalecer a imagem do município nacional e internacionalmente, como um dos principais produtores de café do Brasil. A cooperativa também atua em duas outras importantes regiões cafeeiras do país: Patrocínio (MG) e Piraju (SP).

Nos anos 70, com o surgimento do nematóide, praga que ataca a raiz do cafeeiro, a cultura esteve a ponto de se extinguir na região de Garça, como ocorreu com municípios como Cafelândia e Pirajuí. No entanto, trabalhos de pesquisa, coordenados pelo IAC (Instituto Agronômico de Campinas) no Campo Experimental "Dr. Alcides de Carvalho", da Garcafé, encontraram a solução para o problema nas mudas enxertadas (cafés arábica e robusta). Isso permitiu que o café continuasse a ser até hoje um dos principais elos da economia do município. Garça, nos últimos anos, apresentou também crescimento no setor industrial, contando com um bom número de empresas do ramo da eletro-eletrônica.

  Distâncias

 

 

São Paulo

415Km

Campinas

330Km

Brasília

1180Km

Marília

36Km

Bauru

76Km

Álvaro de Carvalho

16Km

Pirajuí

46Km

Presidente Alves

47Km

Gália

15Km

Vera Cruz

18Km

Alvinlândia

48Km

Lupércio

45Km

Ocauçu

66Km

Julio Mequita

30Km

Dados Demográficos

 

Município de Garça

População: 44.019 habitantes (Estimativa de julho de 2004 - Instituto Brasileiro de Geografia Estatística)


Distrito de Jafa

População: 2.753 habitantes
Urbana: 1.050 habitantes
Rural: 1.703 habitantes
Homens: 1.452 habitantes
Mulheres: 1.301 habitantes

Mais Informações

 

Clima: Sub-Tropical


Temperatura: máxima 28,5 ºC - mínima 17,8 ºC


Índice Pluviométrico: 1.274,4 mm/ano
Período mais quente de dezembro a março, com temperatura oscilando entre 25 a 30 graus, coincidindo com a época mais chuvosa do ano, temperatura mais amena entre os meses de abril e julho.

  

Topografia

Ondulada, sendo a sua maior área localizada em território de espigões, onde se dão grande quantidade de pequenos ribeirões ou riachos, convergindo todos para a formação dos Rios do Peixe, Tibiriçá e Feio.

  

Limites de Município
NORTE: Álvaro de Carvalho e Pirajuí
SUL: Gália, Alvinlândia e Lupércio
LESTE: Gália e Presidente Alves
OESTE: Vera Cruz

 

Rodovias

BR 153
SP-294 - Rodovia Com. João Ribeiro de Barros
SP-349 - Rodovia da Comunidade
SP-333/SP-300 - Rodovia Marechal Rondon
SP-293/SP-225/SP-228 - Rodovia Castelo Branco


Terminal Rodoviário de Passageiros

EMPRESAS: Prata, Turismar, Ril e Expresso Adamantina servem o Município de Garça com linhas regulares para as principais cidades do Estado e do Brasil.


Aérea

Aeroporto de terra batida - pista com 1.200 metros
Aeroporto de Vera Cruz - gramado
Aeroporto de Marília - pavimentado, com linhas regulares
Aeroporto de Bauru - pavimentado, com linhas regulares
Aeroporto Internacional de Campinas - Viracopos